Dados do Trabalho


Título

HER-2 E HER-2-LOW NO CARCINOMA UROTELIAL DE ALTO GRAU MUSCULO-INVASIVO

Resumo

O oncogene ERBB2, localizado no cromossomo 17, está relacionado a vias de proliferação celular que medeiam o crescimento, a diferenciação e a sobrevivência das células. Além da detecção de suas mutações ou amplificações diretamente, por meio de testes moleculares, é possível fazê-la pela evidência da expressão do HER2, proteína produto do ERBB2. Em amostras parafinadas, a detecção da sua amplificação é detectada por imuno-histoquímica, sendo graduada em scores (zero-negativo; 1-marcação em traços esparsos; 2-marcação incompleta da membrana; 3-marcação forte e difusa/positivo), podendo ser confirmada por hibridização in situ (ISH), segundo protocolos do Colégio de Patologistas Americanos (CAP) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). Há décadas, o trastuzumabe tem sido utilizado como opção terapêutica do câncer de mama em pacientes HER-2 positivos (score 3 ou score 2 confirmado por ISH), agora assumindo indicação agnóstica. Em 2022, com a aprovação pelo Food and Drug Administration (FDA) do trastuzumabe deruxtecana, emergiu o conceito de HER-2 Low, caracterizado pelo score 1 ou score 2 não confirmado molecularmente. Este estudo teve como objetivo analisar a frequência da expressão de HER-2 e HER-2 Low no carcinoma urotelial de alto grau músculo-invasivo (CUAGMI). Foram incluídos 57 casos diagnosticados por ressecção transuretral (RTU) de bexiga entre 2016 e 2018. Realizada reação imuno-histoquímica e ISH (Dual ISH DNA Probe Cocktail) para HER-2, sendo 36 amostras score 0 e ISH negativo; 7 score 1 e ISH negativo; 11 score 2 com 4 ISH negativos e 7 ISH positivos; 3 score 3 e ISH positivos. Assim, pelos critérios clássicos para indicação do trastuzumabe, 10 pacientes se enquadrariam na possibilidade desta terapia (17,5%). Por outro lado, pela definição de HER-2 Low, além dos 10 pacientes positivos, mais 11 seriam elegíveis a esta terapia (36,8%). Deste modo, a possibilidade de ampliar os critérios para inclusão de score 1 e score 2 (com ISH negativo) aumentou em mais de 100% o número de pacientes elegíveis.

Palavras Chave

Área

Câncer de bexiga

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo - Brasil, Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

FABIANA TOLEDO BUENO PEREIRA, TATIANA VERI DE ARRUDA MATTOS, DINO MARTINI FILHO, MARIA ANTONIETA LONGO GALVÃO DA SILVA, RONI DE CARVALHO FERNANDES, LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO, ANDRESSA VERI DE ARRUDA MATTOS, WAGNER RICARDO MONTOR