Dados do Trabalho

Título

RELATO DE CASO: PACIENTE COM METASTASE HEPATICA DE CANCER COLORRETAL SUBMETIDA A QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE APRESENTANDO PERSISTENCIA DE DOENÇA PELO EXAME DE IMAGEM, MAS METASTASECTOMIA COM ANATOMOPATOLOGICO EVIDENCIANDO RESPOSTA PATOLOGICA COMPLETA.

Introdução

O câncer colorretal é a terceira neoplasia de maior prevalência no mundo, responsável por 8% dos novos casos de câncer em homens e mulheres. O principal sítio de metástase é o fígado, com incidência de 25-30% ao diagnostico. Mesmo com lesão hepática, quando passível de ressecção cirúrgica, a doença é potencialmente curativa e por isso a importância de discutir o manejo desses pacientes.

Objetivo

Relatar caso de paciente com metástase hepática de câncer colorretal com persistência de imagens nodulares em ressonância magnética de controle sugerindo resposta parcial, porém com resposta patológica completa visualizada no anatomopatológico após quimioterapia neoadjuvante.

Casuística

Revisão de prontuário retrospectivamente em banco de dados digitais com coleta de dados e revisão de literatura em base de dados PubMed.

Método

Coleta de dados em prontuário digital.

Resultados

Paciente do sexo feminino, 71 anos, admitida no serviço em questão em janeiro de 2021, com dois meses de evolução de dor abdominal, perda de peso involuntária e massa palpável em flanco e fossa ilíaca direita. Realizou colonoscopia que identificou lesão vegetante, estenosante e ulcerada, em cólon ascendente, com anatomopatológico compatível com adenocarcinoma pouco diferenciado do Cólon.
Nas tomografias para estadiamento de janeiro de 2021 apresentou-se processo expansivo em cólon ascendente e nódulo hipodenso no fígado sugestivo de implante secundário.
Realizada colectomia direita ampliada e metastasectomia hepática em fevereiro de 2021. O anatomopatológico revelou adenocarcinoma pouco diferenciado do cólon, com metástase em um de dez linfonodos ressecados e com margem de ressecção hepática comprometida. AJCC 8ª Edição: pT3 pN1a pM1a
A ressonância realizada 20 dias após a cirurgia evidenciou fígado de contornos e dimensões preservadas, exibindo sinal heterogêneo às custas de numerosos nódulos de contornos parcialmente definidos, alguns hipervasculares, com restrição à difusão, sugestivos de implantes secundários, a maior medindo 6,1x5,0 nos segmentos V e VI.

Iniciada quimiotarepia com oxaliplatina, leucovorina e fluorouracil 30 dias após a cirurgia, 6 ciclos, com duração de março a agosto de 2021. Após 3 meses do término da quimioterapia, paciente realizou nova ressonância que evidenciou pequena lesão residual na transição de segmentos V e VI de 1,2 x 1,2cm (media 6,1 x 4,8cm).
Decidida por hepatectomia parcial direita devido persistência de lesão nodular na imagem de seguimento sugestiva de doença.
O anatomopatológico revelou ausência de neoplasia residual na amostra, apresentando apenas alterações sugestivas de fibrose.

Conclusões

No caso em questão, diferente do habitual, houve persistência de doença em exame de imagem, porém com a biópsia cirúrgica foi documentada resposta patológica completa.
O câncer colorretal tem potencial curativo mesmo em estágios metastáticos. Por esse motivo torna-se imprescindível trazer para foco os diversos espectros da doença.

Palavras-chave

Câncer colorretal; Metastasectomia; Hepatectomia; Quimioterapia

Área

Colorretal